Atendimento de Chikungunya em Valadares é modelo para outras cidades
A experiência que Governador Valadares adquiriu no enfretamento dos casos de Chikungunya na cidade durante o período de surto vai ser levada para outras cidades.
Publicado em 11/08/2017 16:19
Foto: Leonardo Morais
A experiência que Governador Valadares adquiriu no enfretamento dos casos de Chikungunya na cidade durante o período de surto vai ser levada para outras cidades. Uma delas é Coronel Fabriciano, localizada no Vale do Aço, onde foi detectado aumento na incidência de casos da doença.
Neste intuito, servidores da Secretaria Municipal de Saúde, do Núcleo de Gestão Estratégica e Inovação em Saúde (NGEIS) e representantes do Estado estiveram reunidos na tarde da última quarta-feira (9), para uma visita técnica de troca de informações sobre Chikungunya.
“Com base nestas informações vamos levar um pouco da experiência de Valadares para ajudar na estruturação para o enfrentamento dessa situação, ver como Coronel Fabriciano está se estruturando e levar nosso apoio enquanto Estado,” revelou a coordenadora Estadual do Programa das Doenças Transmitidas pelo Aedes, Márcia Ooteman.
A visita técnica levou ao entendimento de todo o fluxo dos pacientes agudos e crônicos de Chikungunya, avaliou pontos positivos, outras potencialidades de melhorias e como o município estruturou o atendimento aos pacientes. Valadares concentra mais de 60 % dos casos notificados do Estado.
“Sabemos que o problema não acabou. Foram mais de 11 mil casos de Chikungunya e que um percentual destes pacientes tendem a ficar crônicos, e vão precisar de um atendimento especializado e estendido. A estrutura utilizada é a adequada, mas não é suficiente porque o numero de casos é muito grande, então estas oportunidades são fundamentais para mudar este panorama,” ressaltou Ooteman.
CADEF
Além de combater o mosquito Aedes aegypti com mutirões, fumacê e conscientizar a população, o município de Governador Valadares também trata o paciente. Em março deste ano implantou o Centro de Atendimento de Arboviroses e abriu o Centro de Reabilitação em Arboviroses que funciona no Centro de Atenção à Pessoa com Deficiência (CADEF). O público alvo são pessoas acometidas por zika e chikungunya (complexos e muito complexos).
Ainda, fortaleceu os processos de trabalho na Atenção Primária, bem como na Vigilância em Saúde, com profissionais específicos para trabalhar a notificação e investigação dos casos, contratou agentes de endemias e qualificou todos os profissionais da rede para trabalhar com a temática de arboviroses.
Além disso, dispõe de outras tecnologias para refinar o acompanhamento dos índices de infestações. Também fez parceria com as Universidades e demais atores no que tange ao processo de informação dos dados e mobilização social.
No CADEF são ofertados os procedimentos de atendimento multidisciplinar (reumatologista, fisioterapeuta, psicólogo, terapeuta ocupacional, etc.) atendimento médico e de enfermagem. A média de atendimento é de 10 usuários/dia pela equipe multidisciplinar (grupos) e média de 60 atendimentos por semana do médico reumatologista (casos com complicações articulares). Ao todo são atendidos 101 usuários, acima dos 60 anos de idade, num total de 309 usuários acompanhados. Além das terapias tradicionais de reabilitação é feita quiropraxia, auriculoterapia e acupuntura.
por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social