Curso de horta terapêutica visa a educadores populares em saúde
O principal objetivo a ser alcançado é que cada unidade de saúde participante implante e mantenha sua horta terapêutica
Publicado em 16/03/2018 17:57
Fotos: Leonardo Morais
Aconteceu nesta sexta-feira (16) a aula inaugural do curso "Horta Terapêutica", promovido em conjunto pelas Secretarias Municipais de Meio Ambiente (SEMA) e Saúde (SMS) e o Núcleo de Agroecologia – NAGÔ, da UFJF. A iniciativa faz parte das atividades de formação anual organizadas pelo Grupo de Estudos em Educação Popular em Saúde (GEEPS) da SMS, que apoia o funcionamento de Grupos Inclusivos de Autocuidado (GIAC) que acontecem em 13 Unidades Saúde da Família e no Creden-pes. Por meio de uma parceria com a SESAI, entidade federal que cuida da saúde indígena, os GIAC também estão sendo promovidos em algumas comunidades indígenas de outros municípios. O tema priorizado pelo GEEPS em 2018 é o fortalecimento das PICS – Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.
O principal objetivo a ser alcançado é que cada unidade de saúde participante implante e mantenha sua horta terapêutica. E este não é um trabalho somente para os profissionais preparados no curso: a ideia é que eles sejam multiplicadores nos grupos de autocuidado para que os usuários e conselheiros se envolvam nessa ação. "A unidade de saúde não deve ser somente um lugar que se procura quando se está doente. Queremos estimular a população a frequentar a unidade para produzir saúde, valorizando os saberes populares e a cultura local. Além disso, a horta se torna terapêutica não só porque contém plantas medicinais ou alimentos; ela apoia o processo de cuidado da saúde quando as pessoas se encontram, investem tempo em lidar com as plantas. Enquanto cuidam da horta, aprendem a cuidar de si mesmas", explica a médica sanitarista Katiuscia Rodrigues, membro do GEEPS.
O curso vai de março a junho, com carga horária de 40 horas. Tem 40 participantes, sendo 30 da área da saúde, incluindo profissionais das diversas formações, conselheiros locais de saúde, lideranças comunitárias e representantes de movimentos sociais. Entre os participantes, a enfermeira da ESF Santos Dumont II, Larissa Soares Rocha, acredita que as iniciativas terapêuticas já mostram resultados quando são usadas com pacientes acompanhados na ESF. “A participação do paciente num grupo de mente saudável, de fisioterapia, de musicoterapia, possibilita que a equipe trabalhe unida em uma mesma linha de pensamento, ou seja, no envolvimento e na troca de experiências ensinamos e aprendemos com os pacientes, e é nítida a melhora deles quando entendem seu lugar de ator principal no tratamento”, explicou.
por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social