Parceria entre SAAE e APAC cria chance de trabalho para reeducandas
Nove delas estão trabalhando na autarquia por meio de convênio de cooperação
Publicado em 16/03/2017 15:41
Nove delas estão trabalhando na autarquia por meio de convênio de cooperação
Uma oportunidade para recomeçar. Foi pensando nisso que, em meados de dezembro do ano passado, o SAAE assinou um convênio de cooperação mútua com a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) para absorver a mão de obra de reeducandas em cumprimento de pena. Ao prestarem o serviço, que é remunerado, elas também estão cumprindo suas penas.
Elas começaram a chegar em fevereiro deste ano e já são nove. Quatro estão no regime aberto e, cinco, no semiaberto, e trabalham na portaria e em serviços gerais. Cada uma recebe um salário mínimo, dinheiro que é repassado pelo SAAE à APAC, que faz o repasse dos valores a cada reeducanda. O contrato tem vigência de um ano e pode ser prorrogado.
De acordo com o diretor-geral do SAAE, Alcyr Nascimento Júnior, além de oferecer oportunidades de as reeducandas retornarem ou se inserirem no mercado de trabalho, o convênio de cooperação gera uma economia de cerca R$ 700 mil por ano para a autarquia. “Com a parceria, pudemos cancelar cerca de 50% do contrato com a empresa de segurança que até então era responsável pelo serviço na portaria. Agora, as reeducandas da APAC ficam na parte da manhã e à tarde, e os funcionários da empresa ficam à tarde e à noite. A partir de maio, esse serviço será realizado apenas pelas reeducandas e pelos servidores do SAAE”, antecipou.
As reeducandas da APAC que estão no regime aberto começaram a trabalhar no SAAE no final de fevereiro e, as do semiaberto, neste mês de março. De acordo com Bárbara Trigo, uma das responsáveis pelas entrevistas para seleção das reeducandas, a integração tem sido muito boa. “Elas estão sendo tratadas da mesma forma que os demais e usam uniforme também. Quem supervisiona o serviço é o coordenador ou gerente responsável pelo setor em que estão”, explicou.
A reeducanda da APAC K.S.R. já cumpriu quatro dos nove anos e cinco meses de pena de reclusão a que foi condenada e agora está trabalhando na portaria do SAAE. “Dia 20 faz um mês que estou trabalhando aqui. Estou gostando porque é um bom emprego e um bom lugar para trabalhar. Já estou no regime aberto. Trabalho aqui e durmo em casa, mas uma vez por mês tenho que ir à Central de Penas Alternativas. Quando eu passar para a condicional, terei que ir lá de dois em dois meses”, contou.
A reeducanda L.A.D.V. foi condenada a pena de reclusão de 11 anos e quatro meses, já cumpriu três anos e nove meses, e agora está trabalhando no setor de serviços gerais do SAAE. “Comecei a trabalhar aqui no dia primeiro de março. Está sendo muito bom pra mim como aprendizado pra minha vida. Hoje trabalho de 8 às 17h aqui, volto pra APAC e lá estudo o segundo ano do ensino médio pela Escola Estadual Professora Theolinda de Souza Carmo”, contou.
por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social