Famílias desabrigadas recebem apoio da Prefeitura de Valadares
A Coordenadoria informa que o nível do rio Doce está em queda lenta, com tendência a voltar para a sua calha nesta sexta-feira (9)
Publicado em 09/02/2018 15:19
Embora a Prefeitura de Valadares, por meio da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC), tenha feito o trabalho de informar, antecipadamente, toda a população sobre o transbordamento e refluxo do rio Doce, nem todos conseguiram sair de casa a tempo. Este foi o caso da família de Lorena Pereira Ribeiro e da amiga dela, Guadalupe Cristina, que moram no bairro Santa Rita e tiveram a vida transformada pelas águas do rio – que chegou a 2,56 metros na régua do SAAE, na última quinta-feira (8).
“O carro de som passou lá perto de casa várias vezes alertando sobre o nível do rio, mas pensamos que a água ia subir devagar. Quando nos demos conta, a água já estava entrando na cozinha. Como veio muita água, não deu tempo de salvar muita coisa. O meu filho mais velho ficou em pânico e começou a gritar que íamos morrer. Foi horrível! Acionamos a Defesa Civil, que se mobilizou para nos retirar de casa”, relembrou Lorena.
No mesmo dia, Lorena foi levada para um abrigo montado na Escola Municipal Helvécio Dahe, no Santa Rita, juntamente com o marido e dois filhos pequenos. A vizinha e amiga dela, Guadalupe, também foi encaminhada com as duas filhas para o mesmo local. Lá recebem visitas de assistentes sociais e de agentes de saúde que providenciam alimentação, vestuário, material de higiene e limpeza e estão dando todo o suporte logístico para as duas famílias.
“Perdemos praticamente tudo: cômoda, guarda-roupas, berço, o colchão em que dormíamos e vários outros objetos. Se não fosse a ajuda dada pela Prefeitura, não teríamos nem para onde ir. Quando a equipe da Defesa Civil chegou lá em casa para nos resgatar, já era noite e nem eu nem as crianças tínhamos comido nada o dia inteiro; porque não tínhamos como cozinhar. Aqui no abrigo, estamos comendo bem e esperando o nível do rio abaixar para voltar para casa e limpar tudo. A gente leva uma vida inteira para conseguir ter nossas coisas e vê tudo sendo levado pela água é desesperador. O jeito agora é buscar forças para recomeçar”, desabafou Lorena – que está desempregada.
A Coordenadoria informa que o nível do rio Doce está em queda lenta, com tendência a voltar para a sua calha nesta sexta-feira (9). Em caso de dúvidas ou necessidade real de transporte, ligue 199.
por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social