Primeiro LIRAa começa na próxima semana
A partir da próxima segunda-feira (8) 84 agentes de endemias vão inspecionar os imóveis à procura de focos e criadouros do mosquito Aedes aegypti
Publicado em 05/01/2018 17:08
A partir da próxima segunda-feira (8) 84 agentes de endemias vão inspecionar os imóveis à procura de focos e criadouros do mosquito Aedes aegypti
O combate ao Aedes é um desafio diário em que a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), conta com a participação popular para que, de forma conjunta, poder público e sociedade possam resolver um problema que atinge não só o usuário, como também as famílias. Para isso, tem início na próxima segunda-feira (8) o primeiro LIRAa deste ano. Durante toda semana, 84 agentes de endemias vão inspecionar os imóveis à procura de focos e criadouros do mosquito Aedes aegypti, bem como buscar reconhecer a realidade do Município.
Para a realização do levantamento, a cidade será dividida em 14 extratos. Antes, eram somente 13, e, após os estudos desenvolvidos com a equipe técnica do Estado, houve readequação da distribuição das regiões para tornar mais eficiente o processo. Nessas áreas, 20% das casas e quarteirões serão visitados. As residências abordadas serão escolhidas por meio de sorteio aleatório, conforme metodologia preconizada pelo Ministério da Saúde (MS).
As larvas encontradas nas localidades serão enviadas a um laboratório especializado para análise. Nessas visitas, os moradores ainda vão ser orientados a eliminar os focos nas residências, uma vez que 80% deles estão nas casas das pessoas. Ao final do trabalho, espera-se identificar os estratos de maior ocorrência de infestação do mosquito na cidade, bem como os tipos de reservatórios mais frequentes.
Os relatórios desenvolvidos vão nortear as ações de combate ao Aedes na cidade, envolvendo não somente a equipe de endemias, como também as 59 equipes de Saúde da Família e seus respectivos 300 Agentes Comunitários de Saúde. O resultado deve sair no fim da semana seguinte.
Cenário da cidade em 2017
Em 2017, Governador Valadares notificou quase 13 mil casos de arboviroses – total de casos de dengue, zika e chikungunya somados. Isso representou 60% do número de casos do Estado de Minas Gerais. Um número excessivamente alto, que impactou a condição de vida das pessoas, especialmente daquelas que tiveram chikungunya, que demanda longos períodos de reabilitação, com atendimento fisioterapêutico. Atualmente, são quase 400 usuários cadastrados no CADEF que vêm recebendo tratamento pela equipe multiprofissional composta inclusive por médico reumatologista.
No último ano, houve ainda dez óbitos confirmados por chikungunya e nove estão sob investigação.
Diante deste cenário crítico, o trabalho para eliminar o mosquito não pode parar. Ainda estamos muito acima do nível de infestação aceitável pelo Ministério da Saúde, que é de 1%. Por isso, é preciso que cada cidadão fique atento e faça sua parte para juntos acabarmos com o Aedes.
Ações da Prefeitura
Demonstrando seriedade com os compromissos assumidos pela gestão municipal, a SMS desenvolveu nos meses de novembro e dezembro de 2017 uma série de ações para intensificar as abordagens do Programa de Controle das Doenças Transmitidas pelo Aedes, iniciado em janeiro de 2017. Várias frentes de trabalho foram qualificadas para dar conta do grande desafio das arboviroses:
- Serviços de assistência à saúde com médicos generalistas e especialistas, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos etc.;
- Atividades de mobilização social;
- Serviço de controle vetorial com biólogos, veterinários e 250 Agentes de Endemias;
- Serviço de epidemiologia, com enfermeiros e epidemiologistas.
Entendendo que o sistema de saúde do Município deve se organizar não somente para atender o cidadão doente, mas, acima de tudo, evitar as doenças, é que o grupo gestor tem se articulado com as equipes técnicas para ativar de forma intensa as ações de controle do vetor. A equipe de trabalho desta área foi reformulada e redistribuída; os profissionais foram envolvidos em atividade específica de qualificação com referências do Estado e da Universidade Federal de Minas Gerais; as áreas de atuação dos supervisores de campo junto a seus Agentes de Endemias foram novamente desenhadas e foi concluído no último mês de novembro o terceiro LIRAa do ano, apontando índice de infestação na ordem dos 5,6%, com resultado menor que o segundo LIRAa de 2017 (8,6%), e também menor que o mesmo período do ano anterior.
por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social