Territórios em rede: Prefeitura assina termo de cooperação técnica com a Fundação Vale
O Projeto "Territórios em Rede" vai estabelecer e/ou reestabelecer o vínculo entre alunos e escolas municipais e estaduais de Valadares.
Publicado em 25/03/2022 11:31 - Atualizado em 25/03/2022 15:10
Na tarde de ontem (24) a educação de Governador Valadares deu mais um importante passo: a Prefeitura assinou um termo de cooperação técnica com a Fundação Vale para garantir que crianças e adolescentes, em idade escolar, sejam matriculados pela primeira vez ou rematriculados na rede pública de ensino e tenham cada vez mais acesso à uma educação de qualidade.
Este é o objetivo do Projeto “Territórios em Rede”, estabelecer ou reestabelecer o vínculo entre crianças/adolescentes e escolas, bem como desenvolver estratégias para que os estudantes de 4 a 17 anos que estejam fora da escola ou identificados com risco de evasão escolar sejam encontrados. Uma parceria entre a Fundação Vale, Cidade Escola Aprendiz e a Prefeitura de Valadares, através da Secretaria Municipal de Educação (SMED).
Na oportunidade, o Prefeito André Merlo destacou a importância do Projeto. “Só através da educação conseguimos mudar o mundo com rapidez e efetividade. Com uma educação de qualidade, é possível eliminar outros problemas sociais e temos feito todos os esforços necessários para defender essa pauta”, afirmou.
A assinatura do termo contou com a presença do Secretário Municipal de Educação José Geraldo Lemos Prata, Diretor do Departamento de Ensino de Valadares Walice Soares Rodrigues, Analista Sênior de Responsabilidade Social da Fundação Vale Bruna Guimarães, Analista Sênior de Relacionamento com as Comunidades Nikolas Trevizani, Assistente Social e Gestora de Campo do Projeto Territórios em Redes Maykellyane Lourenço, Supervisor de Manutenção da Vale Gilvan Oliveira, Gestora de Campo da Associação Cidade Escola Aprendiz Roberta Castro e da Assessora de Extensão e Pós-graduação Lato Sensu da Univale Marlene Temponi.
Situação Educacional
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) apontam que a situação educacional do país piorou com a pandemia, em outubro de 2020, o percentual de alunos de 6 a 17 anos que não frequentavam a escola (ensino presencial e/ou remoto) foi de 3,8% - superior à média nacional de 2019, que foi de 2%. Além desses, outros 4 milhões de estudantes afirmaram frequentar a escola, mas sem acesso a atividades escolares. Ou seja, os números revelam que mais de 5,5 milhões de crianças e adolescentes tiveram seu direito à educação negado no ano passado.
A evasão escolar sempre foi uma preocupação para Secretaria Municipal de Educação e, independente da renovação, é assegurado aos estudantes ter seus direitos garantidos, como previsto na LDB e Constituição Federal. Em relação aos anos anteriores e a Pandemia (COVID – 19), os índices de evasão município no ano de 2021 foi de 1,88%, o que corresponde a 334 alunos.
Este índice é considerado baixo, já que são 19.100 alunos matriculados, mas o município tem buscado alternativas para reduzir cada vez mais esse número: como a TV educação que exibe aulas na TV aberta, Inovateca onde os alunos têm acesso a computadores com internet e aulas de linguagem de programação, mesas alfabetizadoras, o transporte escolar rural para acesso e permanência na escola mais próxima da residência, e na constante busca ativa de novas iniciativas como o Projeto.
Projeto Territórios em Redes
Com uma metodologia própria, o Projeto funciona da seguinte forma: os estudantes em situação de evasão/abandono escolar e/ou fora da escola são cadastrados e uma equipe realiza a busca ativa dessas crianças e adolescentes no município, orientada por um diagnóstico socioterritorial detalhado. A busca é feita, primeiramente, por um contato telefônico ou através de aplicativos de mensagens com a família; para dar início a uma conversa.
Caso o contato telefônico ou tecnológico não seja possível, os colaboradores realizam uma visita presencial, seguindo todas as determinações do Ministério da Saúde. Também são feitos contatos para acompanhar a frequência escolar e o desempenho dos estudantes, além de passar outras orientações.
A partir daí têm início o processo de articulação com os diversos setores da educação, da rede de proteção e apoio (Ministério Público, Conselho Tutelar, etc), organizações públicas, privadas e toda a sociedade civil para que sejam solucionadas as questões que causam o abandono escolar, garantindo assim, o acesso ou a permanência dessas crianças e jovens na escola. “É fundamental desenvolver iniciativas e políticas públicas que foquem nessa questão da busca ativa escolar para que possamos oferecer as condições necessárias para amparar e garantir o direito à educação para todas as crianças e jovens do nosso município, sobretudo aos que se encontram em situação de vulnerabilidade social”, explicou o Secretário Municipal de Educação, José Geraldo Lemos Prata.
por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social